28 de abr. de 2009

Tantas sou

Sou tantas que mal consigo me distinguir
Sou tantas que me perco
Tantas que às vezes nem me reconheço
É uma pluralidade singular
Ambiguidade que não sei mais controlar
É uma vida vivida em muitas
Um olhar sob milhões de ângulos
Sou tantas
Tantas que nem sei
Tantas que nem pensei
Tantas que não entendo e nem recomendo
Hoje sou uma, amanhã sou duas, ontem fui três
Cada expressão um sentimento
Cada sentimento dura apenas um momento
Me vejo em muitas pessoas
E muitas se vêem em mim
Carrego na alma pedaços de muitos
Sou tantas que mal consigo me ver
Mal consigo me entreter

4 de abr. de 2009

Só porque você está certo, não significa que eu esteja errado...

O seu olhar me desaprova
E cada palavra proferida
Faz mais um corte na minha alma
A forma como você age
Só me diz mais sobre você
Posso não ser o que você
Sempre sonhou
Mas não deixo de ser eu
Por uma simples recompensa
Você diz que não sou como você quer
Mas no fundo você apenas
Quer que eu seja como você
E isso nunca irá acontecer
Nunca serei como você
Nunca vou repreender alguém
Por ser diferente
Nunca repreenderei alguém
Por não ser como eu sou