Sinto falta de não ter que implorar.

Quando amamos alguém de verdade, deixamos de lado qualquer vontade, qualquer costume para produzir mais um sorriso. Deixamos de lado o orgulho, as manias e a falta de vontade pra realizar algo pequeno que encha o coração do outro de felicidade. Quando estamos no estado do amar, damos valor a cada minuto, a cada olhar, cada sorriso... Contamos a distancia e a saudade. Quando amamos, queremos fazer a outra pessoa se sentir amada, querida. Fazemos vontades até mesmo as que a pessoa nem sabe que tem, só pra vê-la sorrir. Confesso que o que mais quero é me sentir assim novamente, ter esse alguém que, por vezes, deixe suas vontades de lado e realize as minhas, mesmo as bem pequenininhas e insignificantes, essas são as maiores...

O tempo passa e a vida escorre em nossas mãos

A gente cresce, deixa de lado as coisas infantis, os sentimentos ruins e começamos a dar valor a coisas diferentes, criamos valores diferentes. Deixamos de lado as birras, os erros do passado, as dores e os desentendimentos, e nos deixamos levar pela correnteza. Nos despreocupamos. Não de modo ruim, mas de um modo que as coisas pequenas e irritantes vão passando sem fazer qualquer efeito sobre sua felicidade. Você aprende a dar valor a pessoas que passaram por sua vida e deixaram coisas boas, e também àquelas que deixaram coisas ruins e te fizeram pensar sobre como você poderia ser diferente. Você aprende que as pessoas que foram importantes pra você no seu passado sempre terão efeito sobre você e seus sentimentos. Você aprende que só deve sofrer o necessário, que não se deve prolongar a dor e que o desapego é algo que te faz bem, pois nada dura pra sempre. Que o amor maior deve ser o próprio, e que a gentileza ao próximo não vai te fazer mal. Que deve ser sempre sincero, mesmo que te custe algumas lágrimas. Que rir, sair com os amigos, beber algumas doses, fazer terapia e conversar com alguém sobre seus sentimentos são atividades libertadoras. E que não importa o quanto sua memória seja boa, muita coisa será esquecida, inclusive algum rosto amigo.